Coronel Tom Parker, empresário de Elvis Presley's
![]() Coronel Tom Parker foi o empresário, amigo e mentor de Elvis Presley por quase toda a sua carreira |
Quase tão legendário quanto seu famoso cliente, o coronel Tom Parker, foi o empresário de Elvis Presley. Coronel Parker era misterioso e exuberante e, sob sua orientação, seu único cliente - Elvis - alcançou níveis inimagináveis.
Elvis acrescentou "Baby Let's Play House" e "I'm Left, You're Right, She's Gone" à sua apresentação na primavera de 1955. Em menos de um ano depois, ele cantou "Baby Let's Play House" na televisão pela sua segunda exibição em Stage Show de The Dorsey Brothers (4 de fevereiro de 1956), com um estilo tão sensual quanto o que apresentava no início, criando uma controvérsia nacional.
Se sua performance dançante em Stage Show chamou a atenção, a letra de "Baby Let's Play House" acrescentou a conotação provocante. Basicamente uma afirmação, a canção era um pedido do cantor para sua namorada que voltasse para ele porque ele queria "play house" com ela, uma gíria para um casal não casado que vive ou dorme junto. Apesar do pedido do cantor, ele tomava uma postura conflitiva, afirmando à sua garota que "preferia vê-la morta do que com outro homem".
Na primavera de 1955, Bob Neal contratou Hillbilly Cat e Blue Moon Boys em um tour com o cantor country Hank Snow. O tour foi organizado pela Hank Snow Jamboree Attractions, que era de Snow mas operada por um promoter de festas chamado coronel Tom Parker.
Há muitas histórias interessantes sobre Parker; algumas sem dúvida são verdadeiras, enquanto outras foram "aumentadas" ao longo dos anos. Dizem que ele cobriu uma chapa com palha e fez com que pintinhos "dançassem" sobre ele ao som de "Turkey in the Straw". Outra história conta que Parker pintou pardais de amarelo e os vendeu como periquitos.
As experiências de country-western de Parker incluiam orientar a carreira do cantor country Eddy Arnold, que passoou de desconhecido para uma estrela. O título de Parker de "coronel" não se refere à hierarquia militar mas é um título de honra, que foi concedido pelo estado de Louisiana em 1953. Posteriormente ele também recebeu o título de coronel pelo Tennessee. Muito já foi escreveu sobre o coronel Tom Parker, principalmente que ele era um homem muito perspicaz.
Grande parte do público de Elvis por volta de 1955 eram meninas adolescentes. Elas eram extremamente entusiásticas durante suas apresentações, e Elvis aprendeu a conquistá-las, fazendo movimentos com o corpo e arrancando gritos sempre que remexia os quadris. Durante uma apresentação no verão em Jacksonville, Flórida, Elvis convidou brincando todas as garotas no público para irem a seu camarim. Mas a brincadeira foi para Elvis um enxame de garotas gritando. Elas o perseguiram até seu carro e literalmente arrancaram suas roupas.
Esse incidente deixou sua mãe perplexa, surpreendeu a imprensa e deixou o coronel satisfeito, que começou a cuidar da carreira de Elvis com muito mais cuidado. A posição de Parker na Jamboree Attractions permitiu que ele observasse a crescente popularidade do jovem cantor.
Assim como outros importantes eventos na carreira de Elvis, há várias versões da história sobre como o coronel Tom Parker se tornou o proprietário exclusivo de Elvis. Dizem que Parker tinha uma relação de trabalho com Hank Snow, mas quando ele finalmente assinou um contrato com Elvis, Parker não incluiu Snow na negociação. Parker e Snow encerraram sua parceria e Snow não o processou.
Quando o coronel e Elvis assinaram o primeiro contrato, em agosto de 1955, Bob Neal ainda tinha contrato como empresário de Elvis. Parker inicialmente assinou o contrato como "consultor especial" e suas tarefas eram "auxiliar da melhor forma possível a carreira de Elvis Presley como artista". Parker também tinha o direito de negociar as renovações em todos os contratos existentes. Nesse ponto, Neal foi mantido apenas como gentileza. Quando o contrato de Neal expirou, em 14 de março de 1956, ele saiu de campo e Parker se tornou o empresário em tempo integral de Elvis.
Quando Parker assumiu oficialmente a carreira de Elvis, ele era apenas um cantor country-western. Embora seu estilo não fosse tradicional e muitos de seus fãs fossem adolescentes, Elvis fazia tours em circuitos country-western e se apresentava com outras estrelas country. Suas gravações foram feitas em quase todas as rádios do país. Se Elvis seguisse o potencial que o coronel viu nele, ele seria exposto a públicos fora do Sul em uma escala muito maior. Apesar de tudo, Elvis nunca saiu do Sul e o público no Norte não estava acostumado às tradições e sons do Sul.
A primeira etapa no plano mestre do coronel foi encontrar uma gravadora que desse a Elvis exposição nacional e internacional.