A Mulher que Eu Amo (Loving You)
Elvis Presley está mais confortável no papel de Deke Rivers em A mulher que eu amo do que Clint Reno já que o papel foi baseado nas experiências da sua própria carreira. O drama musical começa com Deke - um caminhoneiro com um talento natural para a música - se unindo a agente de imprensa Glenda Markle (Lizabeth Scott), na esperança de ser a próxima sensação da música.
Deke começa sua nova carreira abrindo as apresentações de uma banda de country/wester liderada pelo ex-marido de Glenda. Logo fica claro que as mulheres da platéia não queriam só ver Deke no palco ou fora dele. Glenda destacou o apelo sensual de Deke com roupas personalizadas e muita publicidade.
Deke se divide entre a atração que ele sente por Glenda e o amor verdadeiro que sente pla cantora da banda, Susan (Dolores Hart, em seu primeiro filme). Quando Deke descobre que Glenda o estava manipulando pessoal e profissionalmente, ele fica confuso e foge. Um Deke mais esperto e maduro volta bem em tempo de se apresentar na TV em um grande programa, o que serve como uma introdução aos bons tempos.

Elvis Presley, como Deke Rivers, agita o público enquanto Lizabeth Scott,
Glenda Markle, assiste à reação da platéia
Nos bastidores de A Mulher que Eu Amo
A atuação de Elvis melhorou muito até o final do papel de Deke Rivers. Em parte porque ele estava mais experiente, mas também porque esse papel foi feito especialmente para o jovem cantor. O filme mostrava os melhores talentos musicais de Elvis e a história era solta e se baseava na sua própria vida - uma prática que o produtor Hal Wallis continuaria no futuro.
Na época, esta prática era importante para a carreira de Elvis. Como Elvis era uma figura maligna para a imprensa, cheia de controvéria e rebeldia, as pessoas responsáveis pela sua carreira tentaram remodelar a sua imagem. Ao contar partes da vida de Elvis de uma maneira familiar em Hollywood, as pessoas mais velhas veriam que o cantor não era tão assustador assim.
Para assegurar que o filme captasse a essência da vida de Elvis como artista, Wallis enviou o diretor/co-roteirista Hal Kanter para observar a vida de Envis no programa de rádio "Louisiana Hayride" em 16 de dezembro de 1956. Kanter acompanhou Elvis por alguns dias em Memphis e em Shreveport, Louisiana, onde era o programa de "Hayride". Kanter conseguiu captar o caos, a bagunça e a confusão que envolve um cantor popular.
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Para deixar Deke mais parecido com Elvis, Kanter e Wallis permitiram que alguns amigos e familiares aparecessem em algumas cenas e pequenos papéis. Seus pais, Vernon e Gladys, aparecem na platéia da sua última apresentação. Os membros da banda Scotty Moore, Bill Black e DJ Fontana eram membros da banda de Deke.
A semelhança mais óbvia entre a realidade de Elvis e a ficção de Deke é a controvérsia gerada por seu estilo de apresentação. O filme explica que a controvérsia em volta de Deke é um mal-entendido envolvendo publicidade mal calculada. Esse é o centro para a produção tentar fazer de Elvis uma figura mais aceitável em públicos principais.
Mostrar Deke como um imcompreendido implica que Elvis também era incompreendido. Estruturar o sucesso de Deke da mesma fórmula que outros filmes sobre outros artistas implica que o sucesso real de Elvis é apenas uma variação sobre o mesmo tema. Exatamente como Glenda conta aos líderes da comunidade em A Mulher que Eu Amo que a música de Deke é tão gostosa e inocente quanto o Charleston era nos anos 20, então os produtores de A Mulher que Eu Amo estavam falando para o povo dos EUA dos anos 50 relaxar. A história de Deke Rivers/Elvis Presley foi realmente uma versão moderna da história de Al Jolson.
| Elenco de A Mulher que Eu Amo |
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| Personagem |
Ator |
| Deke Rivers |
Elvis Presley |
| Glenda Markle | Lizabeth Scott |
| Walter (Tex) Warner | Wendell Corey |
| Susan Jessup | Dolores Hart |
| Carl Meade | James Gleason |
| Jim Tallman | Ralph Dumke |
| Teddy | Skip Young |
| Skeeter | Paul Smith |
| Wayne | Ken Becker |
| Daisy Bricker | Jana Lund |
| Harry Taylor | Vernon Rich |
| Sr. Castle | David Cameron |
| Sra. Gunderson | Grace Hayle |
| Sr. Jessup | William Forrest |
| Sra. Jessup | Irene Tedrow |
| Sally | Yvonne Lime |
| Eddie (Baixista) | Bill Black |
| Músico (baterista) | D.J. Fontana |
| Músico (Guitarrista) | Scotty Moore |
| Ponta | Barbara Hearn |
Canções apresentadas em A Mulher que Eu Amo
- Got a Lot o’ Livin’ to Do
- (Let’s Have a) Party
- (Let Me Be Your) Teddy Bear
- Hot Dog
- Lonesome Cowboy
- Mean Woman Blues
- Loving You
- Dancing on a Dare (sung by Hart’s character)
- Detour (cantada pelo personagem de Hart)
- The Yellow Rose (cantada pelo personagem de Hart)
- Candy Kisses (porRough Ridin’ Ramblers)
Créditos para A Mulher que Eu Amo
- Paramount Pictures
- Produzido por Hal B. Wallis
- Dirigido por Hal Kanter
- Roteiro de Herbert Baker e Hal Kanter
- Baseado na obra de Mary Agnes Thompson
- Filmado em VistaVision e Technicolor por Charles Lang, Jr.
- Música de Walter Scharf
- Acompanhamento vocal de The Jordanaires
- Coreografia de Charles O’Curran
- Lançado em 30 de julho de 1957
